Reportagem

Alagamento: sempre devagar

A sequência de chuva que atingiu Rio Grande do Sul provocou inundações e também uma série de alagamentos nas cidades. E muita gente ficou pelo caminho. Era final de manhã na avenida guaíba, zona sul de Porto Alegre, em que a cena do condutor de um Fiat Fiorino foi registrada. O veículo inicia a travessia de um trecho inundado pelo lago Guaíba com a enchente. O motorista não recua e segue avançando até que uma onda se forma na frente do carro. A água tapa até mesmo o capô do motor. Ele segue até que o carro consegue vencer a inundação. A prática é desaconselhada pelos mecânicos. Héctor Besouchet, da Promec, oficina mecânica de Porto Alegre, explica que a cultura de passar rápido remete aos tempos do Fusca, em que o motor ficava atrás. Hoje, a tomada de ar dos carros está voltada para frente. Caso a água entre, vai parar dentro do motor. “Se a tomada de ar é na grade, no capô, essa situação hoje é mais propícia ao calço hidráulico. Se for passar tem que ser sempre devagarinho para não fazer onda”, reforça Hector. Calço hidráulico: o que é? Calço é algo que trava, tranca, segura. Se é hidráulico, estamos falando de uma “trava líquida”. É quando a água entra junto com o ar e vai parar dentro do motor. O mecânico explica que quando a onda aumenta na frente do carro, a água sube o para o para-choque vai até a tomada de ar. O motor aspira essa água para dentro. “E o motor não consegue admitir água. Ele admite ar e combustível em forma de pulverização. Ele comprime para fazer andar e funcionar o ciclo do motor. A água não. A água não comprime.” Hector Besouchet aponta que quando o carro absorve água o pistão vai subir, a água não vai comprimir e o motor vai quebrar.   O que fazer? Atravessar devagar Um motorista consciente consegue minimamente refletir antes de avançar sobre um alagamento ao perceber o dano que pode causar ao próprio patrimônio. “Evitem, se puderem, uma situação de água. A não ser se for uma rua que tu conhece, que não tenha uma parte baixa no meio da avenida. Tu vê que a água está na altura da guia de calçada, mais ou menos”, orienta o mecânico. Em casos de alagamento com a água mais baixa, que não cobre a guia de calçada ou apenas atinge altura dos pneus, a travessia é mais tranquila, mas deve ser feita sempre em baixa velocidade. “Sempre passar devagar, devagarinho.” Em situações nas quais não há como evitar a água mais profunda, o motorista deve parar, engatar a primeira marcha, pisar levemente na embreagem e avançar sempre com giro alto. Assim, o fluxo contínuo de ar não permite que a água entre pelo escapamento. Em baixa velocidade, a onda à frente também é menor. Se o carro for automático, use o câmbio em “L”, “1” ou limite a troca sequencial para que o veículo não avance a marcha e ande só em primeira. Jamais faça troca de marchas no meio da inundação. Outro risco está depois que o dano acontece. É que as apólices atuais de seguro não cobrem casos em que os motoristas enfrentam alagamento. Apenas quando o veículo ficou em uma zona que inundou. “Ele assume o risco e a seguradora não paga”, completa Hector.

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É diesel? Não, obrigado!

Picapes e SUV’s a diesel desvalorizaram mais do que as versões dos mesmos carros com motorização flex. A pesquisa foi realizada pela empresa Mobiauto, um dos três maiores marketplaces de carros usados do Brasil. O levantamento foi feito na própria base de dados da Mobiauto. Sete modelos foram enquadrados no critério da pesquisa: Chevrolet S10 Cabine Dupla, Fiat Toro, Jeep Compass e Renegade, Land Rover Discovery Sport, Toyota SW4 e Hilux Cabine Dupla. Já as versões escolhidas foram definidas a partir da apuração das mais ofertadas versus as mais acessadas na plataforma. “Não são versões equivalentes. Algumas delas são topo de linha, outras são intermediárias. O que nós queríamos era apurar os veículos com maior volume de negócios e maior representatividade comercial no segmento de seminovos, tanto flex como as movidas a diesel”, esclarece o economista Sant Clair de Castro Jr, que é consultor automotivo. Os preços capturados para o levantamento revelam a variação percentual entre agosto de 2022 e agosto de 2023. A diferença nos índices de depreciação foi significativa: os modelos flex perderam 6,16% das cotações de um ano atrás. Já os movidos a diesel perderam 13,63%, mais que o dobro do percentual. Mas houve casos gritantes, como os dois modelos da Toyota, que apontaram diferenças de 12 pontos percentuais. Veja a tabela completa. Uma das explicações apontadas pela Mobiauto está no preço do diesel que disparou e está mais caro que a gasolina. O comprador que mora em grandes cidades e comprava diesel por questões de autonomia e custo-benefício, perdeu o interesse. Muitos modelos com esse tipo de combustível estão parados nas concessionárias e revendas. Os modelos a diesel ainda são valorizados no interior do país, onde ainda há a visão de que só eles conseguem mais durabilidade e autonomia necessária para rodar por certas regiões. Em percentuais absolutos de variações, o campeão de toda a pesquisa, que menos desvalorizou, foi o Toyota SW4 2.7 flex. Ele perdeu menos de 1% de um ano pra cá. No entanto, essa versão flex não é mais produzida. Na outra ponta da tabela, o mau resultado da família Jeep encontra explicação na valorização intensa desses modelos durante a pandemia e a oferta abundante, agora, no mercado de seminovos. A queda nos preços é uma acomodação de mercado, conforme o levantamento da Mobiauto.

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Fiat aumenta vendas na Expointer

A Fiat marcou presença na Expointer, uma das maiores feiras agropecuárias do país, que encerrou em Esteio no dia 3 de setembro, no Rio Grande do Sul. Desta vez, o evento superou o recorde de público do ano anterior, com mais de 800 mil visitantes. A Fiat também viu as vendas aumentarem com recorde histórico: foram 711 veículos esse ano, ou seja, 45% a mais que em 2022. Um dos destaques ficou para a comercialização da Strada, que cresceu 33%. A picape acaba de chegar renovada em sua linha 2024 e com motor turbo em duas versões. As vendas da linha de veículos utilitários da Fiat também dispararam, registrando um aumento de 150% em comparação com o ano anterior. A Strada foi a grande novidade da Fiat na feira. A picape no ano-modelo 2024 ganhou mudanças no design, a Ultra como nova versão e mais performance com motor turbo flex. No total, foram 178 unidades comercializadas do modelo na feira em 2023, sendo que 32% delas foram das versões topo de gama Ultra e Ranch com motor Turbo 200. “São mais de 40 anos de história da Fiat no Brasil em parceria com diversos tipos de clientes, dentre eles aqueles que utilizam os seus veículos no setor de agronegócios. Entendemos as necessidades deste público e sabemos que estar próximos em uma feira importante como a Expointer também facilita a vida deles”, comenta Herlander Zola, vice-presidente sênior da Fiat na América do Sul.   Informações e imagens: assessoria Fiat

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BYD na liderança dos “EV’s”

A BYD ficou em primeiro lugar no ranking de emplacamentos de veículos 100% elétricos no mês de agosto. Começaram a rodar pelo país 656 carros, número seis vezes maior do que a segunda colocada, de acordo com dados da ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico. O número da BYD (656 carros) é maior do que a soma de todas as outras montadoras (511 carros), o que demonstra a crescente confiança do consumidor brasileiro nos carros da greentech. A BYD também dominou o pódio entre todos os modelos elétricos emplacados, ocupando as três primeiras colocações no ranking: Agosto foi o melhor mês da BYD desde que começou a venda de veículos elétricos no Brasil, no fim de 2021. O BYD Dolphin mexeu com o mercado nacional com mais de 4.000 unidades em apenas dois meses, um recorde histórico na história da venda de carros elétricos no país. Além do Dolphin, aparece na lista uma surpresa: o D1, modelo pensado para transporte individual de passageiros, com desenho bastante parecido com os táxis londrinos. O modelo foi avaliado pelo canal VEÍCULOS & VELOCIDADE. No vídeo, estão detalhes sobre o funcionamento do carro e o destaque para a porta traseira direita corrediça. O link para o vídeo está aqui: https://youtu.be/vNoVaPdvKQM O canal também avaliou a e-T3, a van de carga elétrica da BYD, ideal para o transporte urbano de encomendas. Com ela, o deslocamento urbano pode ser feito sem que o motorista ou a empresa precise se preocupar com gasolina. Além disso, ainda oferece equipamentos que não estão presentes em hatches compactos. Um deles é o aquecimento dos bancos. Veja no link o teste da e-T3: https://youtu.be/lkqlX5dJwhY Entre os modelos de passeio da marca, também está o Yuan Plus, em terceiro lugar na lista. O crossover totalmente elétrico que chega em versão única e um pacote completo de equipamentos. Acabamento premium, teto solar panorâmico, assistências ao condutor. Tudo isso também foi avaliado pelo canal VEÍCULOS & VELOCIDADE: https://youtu.be/WVwUelYeKiY

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Golpe do posto: nunca abra o capô!

O modo de agir é o mesmo: o carro está abastecendo no posto, o frentista se oferece para verificar água e óleo. O motorista abre o capô e o suposto problema começa. Foi o que aconteceu com a jornalista e editora do SBT de Porto Alegre Mônica Rossi. Ela se preparava para uma viagem de 300km quando parou para abastecer em um posto de combustíveis na avenida Getúlio Vargas, bairro Menino Deus, na capital gaúcha. Enquanto o Toyota Etios era abastecido, o frentista se ofereceu para a tal “revisão” de água e óleo, ainda que o pedido da motorista fosse apenas para encher o reservatório do lavador do parabrisa. “Quando eu vi, estavam três na volta do motor do carro olhando”, afirma a jornalista. Até aí, o frentista já se dizia apavorado e alertando que a situação era perigosa, que a motorista poderia ficar na estrada por causa da água do radiador. Nesse instante, ele abre a tampa do reservatório do radiador enquanto o motor ainda estava quente. Com a perda de pressão, o líquido entra em ebulução e vem para fora, sujando o motor e o cofre. Para um leigo, isso pode parecer um grande problema. Mas nada mais é do que a reação normal do carro quando se abre a tampa. No posto, Mônica já desconfiou da situação mas ainda assim, os frentistas continuaram insistindo que havia um problema e que ela deveria comprar um líquido aditivo de radiador. A jornalista recusou e foi embora. Depois indagou um amigo sobre o ocorrido. O Etios em questão tem baixa quilometragem e recentemente havia sido revisado por profissionais. “Era um posto de confiança, eu sempre abastecia ali”, afirma Mônica.   Além de Porto Alegre, o mesmo no Rio de Janeiro Em viagem de férias, o editor da plataforma EU DIRIJO Guilherme Rockett seguiu de Porto Alegre até o Rio de Janeiro em um HB20 alugado. No segundo dia, foi abastecer em um posto na Barra da Tijuca. O frentsta se ofereceu para revisar “água e óleo”, mas apenas foi orientado a repor a água do lavador de parabrisa, que havia acabado na viagem. “Você tem que dar uma olhada aqui, isso não está bem”, argumentou, apontando para o reservatório do radiador. “Mas aí é o líquido de arrefecimento, não é pra mexer aí”, respondeu o editor. Ainda assim, o frentista insistiu: “mas o senhor precisa ver isso, não pode ficar assim”. A água estava no nível correto e para dar um basta na conversa, o editor apontou para a marcação e ressaltou: “esse carro veio de Porto Alegre até aqui. Não há nada de errado com ele”.   Lugares diferentes, mas o mesmo modo Assustar motoristas que não conhecem o funcionamento do carro é a tática dos frentistas e das empresas sem respeito com o consumidor. Com isso, clientes pagam por frascos de produtos desnecessários e ainda podem ter avarias posteriores. O falso problema cresce aos olhos do dono do carro quando o reservatório é aberto com o motor quente e a água jorra pelo cofre do motor. Importante ressaltar que não é na maioria dos postos em que a tática de tentar enganar o consumidor acontece. No entanto, quando o cliente chega para abastecer é difícil saber se o estabelecimento é sério. Por isso, a recomentação é: nunca abra o capô. Nem permita que o frentista abra o reservatório do radiador. Além disso, é importante conhecer o veículo que você dirije. Tenha um mecânico de confiança e peça para que ele mostre onde fica a o fluído do radiador, onde está o reservatório do lavador de parabrisa e o que não deve ser mexido nessas situações. Se puder, coloque água no lavador ainda em casa e deixe para o mecânico a execução da troca ou manutenção do fluído de arrefecimento.

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Só o que o manual manda. Mais nada!

O problema do trocador de calor do Jeep Renegade trouxe à tona uma questão importante quando a gente considera o futuro dos carros atuais: será que os motores e componentes vão ser tão duráveis, a ponto de aguentarem “gambiarras” e manutenções erradas à medida que o veículo envelhece? No caso do trocador de calor, a origem do problema não foi oficializada pela Stellantis, mas até onde a gente sabe, pode estar ligada ao fluido de arrefecimento do carro. Em outras palavras, à “água” do radiador. Chamar de “água” é hoje um erro, pois a parte de água que vai no compartimento é a menor ds mistura, conforme a indicação prevista para cada veículo. E ainda assim, não se trata de água da torneira. A água em questão é a desmineralizada, comprada nas concessionárias ou em lojas de autopeças. O restante da mistura é o aditivo de radiador. Esse produto, entre outras funções, evita o congelamento do líquido de arrefecimento e, principalmente, tem propriedades para não gerar corrosão nas partes internas do motor e dos componentes. O caso do câmbio automático de seis marchas da linha Jeep e Fiat tem uma pequena peça como principal o vilão: o trocador de calor. Ele oxida e permite que o líquido do radiador se misture com o óleo do cambio automático. Isso pode provocar até a quebra da caixa pelo atrito interno das peças. Pelas informações que nós obtivemos como atribuídas ao fabricante, a montadora aponta que bastaria o proprietário seguir rigorosamente a manutenção prevista no manual para o veículo, que o problema não iria surgir. Em parte isso faz sentido. Recentemente, o editor da plataforma EU DIRIJO conversou com um proprietário de Jeep Renegade. O carro em questão é um Longitude 1.8 2019, comprado zero quilômetro e hoje está com 93 mil km rodados. Foi no final de julho que o mecânico particular apontou para o problema. Por sorte, a caixa não foi afetada e o conserto saiu em R$ 3,5 mil. Importante ressaltar que o proprietário fez todas as manutenções do carro e as revisões na concessionária. Fora esse problema, houve apenas a troca da bomba da água nesse período. Mais nada. No entanto, um ex-proprietário de Jeep Renegade 1.8, que comprou o carro usado, contou para a redação da plataforma EU DIRIJO que fez a primeira revisão no carro e não teve problemas. Na segunda, veio a surpresa. A concessionária apresentou diagnóstico condenando o trocador de calor e o concerto com troca de peças da caixa chegou a oito mil reais. O argumento da concessionária é que a antiga proprietária não havia seguido a manutenção correta do veículo, que ainda tinha quilometragem baixa. A questão que fica é como vai estar o carro para o terceiro, quarto ou quinto dono? Em que condições o carro vai chegar? E será que esses futuros proprietários vão conseguir dar a manutenção devida? O exemplo do Jeep Renegade é apenas um porque cada carro hoje exige uma manutenção, líquidos e librificantes específicos. Outro exemplo importante é quanto ao óleo lubrificante. Cada vez mais os motores exigem que a especificação seja seguida à arrisca para cada veículo. O Fiat Argo por exemplo, se mostrou um modelo resistente e durável. Mas utiliza um óleo bastante fino, 0W20. No canal “O Mecânico”, no YouTube, um dos profissionais aponta que em hipótese alguma a especificação do óleo deve ser alterada, especialmente se for por um produto mais barato. Além de atender a lubrificação do motor, o Firefly do Fiat Argo tem uma peça que é movimentada pelo próprio óleo lubrificante. A troca por outro de viscosidade maior pode interferir no funcionamento desses componentes que tem precisão milimétrica. Com tudo isso, a régua do custo de manutenção dos carros se eleva mais uma vez, tal como foi quando os modelos passaram a ser equipados com injeção eletrônica e exigiram computadores e uma tecnologia mais avançada para diagnóstico. Por consequência, o custo dos reparos também aumentou quando a gente compara com os carros com carburador. Nunca foi tão importante e necessário seguir estritamente a recomendação do manual do proprietário. Ficou para trás o tempo em que o proprietário levantava o capô do carro na garagem e completava o nível da água do arrefecimento apenas abrindo a torneira de casa. Mas se o custo aumenta, em algum momento da vida dos carros, isso será uma barreira. O que resta saber é se os motores atuais podem ter a mesma durabilidade dos que tínhamos. Não porque são ruins. Mas porque podem não resistir tanto aos maus tratos dos donos.

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Sai Ford, vem BYD para a Bahia

A Ford e o governo do estado da Bahia celebraram um acordo para dar destino a fábrica de Camaçari. A montadora afirmou que o processo vai seguir a legislação vigente, que prevê posterior indenização para a empresa em valores compatíveis com o mercado. De acordo com a Ford, o acordo vai simplificar e dar agilidade ao processo de transição de propriedade da fábrica. A informação divulgada pela Agência Brasil aponta que a montadora chinesa BYD está mais próxima de ter sede no Brasil com a venda do terreno da Ford para o governo da Bahia. Vai ser possível avançar na negociação com a BYD, que anunciou a proposta de investir R$ 3 bilhões no Brasil, com a instalação de três fábricas para gerar cinco mil empregos. Uma das unidades da montadora chinesa seria dedicada à produção de chassi para ônibus e caminhões elétricos. Na outra, seriam para fabricação de automóveis híbridos e elétricos, com capacidade estimada em 150 mil carros por ano na primeira fase. A terceira fábrica deve processar o lítio e o ferro fosfato para as baterias destinadas à exportação. A informação divulgada pela EBC ainda aponta que a BYD aguarda as decisões sobre os incentivos fiscais, que serão herdados da Ford no regime especial para montadora do nordeste. O atual benefício está previsto para encerrar em 2025. Na Câmara dos deputados, a prorrogação do incentivo até 2032 foi derrubada por um voto em segundo turno. No Senado, a extensão do benefício poderá ser recolocada no texto, já que os estados do norte e nordeste tem maior peso de parlamentares. A fábrica de Camaçari na Bahia está parada desde 2021 quando a Ford anunciou o fim da fabricação de carros no Brasil. No local eram fabricados os modelos Ecosport, Ka e Ka sedã. A criação da unidade na Bahia aconteceu depois do desacerto com o governo do Rio Grande do Sul e a criação de incentivos para a instalação da Ford no nordeste do país. Foi de lá que veio O próprio Ecosport, um dos projetos mais bem sucedidos da montadora no Brasil e que foi responsável pela manutenção da Ford entre as principais montadoras brasileiras por mais de uma década.

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Toyota testa hidrogênio combustível que vem do etanol

Foi em São Paulo que a Toyota deu o pontapé para a construção da primeira estação experimental de abastecimento de hidrogênio (H2) renovável a partir do etanol. A planta-piloto ocupará uma área de 425 metros quadrados e terá capacidade de produzir 4,5 quilos de H2 por hora, dedicada ao abastecimento de até três ônibus e um veículo leve. O projeto tem investimento total de R$ 50 milhões da Shell Brasil, obtido com recursos da cláusula de PD&I da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “O objetivo desse projeto inovador é tentar demonstrar que o etanol pode ser vetorpara hidrogênio renovável, aproveitando a logística já existente da indústria. A tecnologia poderá ajudar a descarbonizar setores que consomem energia proveniente de combustíveis fósseis”, afirmou o presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa. No conjunto de equipamentos que serão instalados no local, haverá um reformador a vapor de etanol desenvolvido e fabricado pela empresa Hytron. É nesse equipamento que irá ocorrer a conversão do etanol em hidrogênio por meio de um processo químico chamado ´reforma a vapor`, que é quando o etanol, submetido a temperaturas e pressões específicas, reage com água dentro de um reator. “Estamos unindo a tecnologia brasileira pioneira da Hytron para demonstrar uma solução disruptiva, onde o hidrogênio produzido do etanol passa a ter um papel ainda mais relevante e de elevado impacto para a transição energética do país e do mundo”, aponta Daniel Lopes, Diretor Comercial da Hytron. Ao longo do funcionamento da estação experimental, os pesquisadores vão validar os cálculos sobre as emissões e custos do processo de produção de hidrogênio. “Nossa estimativa no momento é de que o custo da produção de hidrogênio a partir de etanol é comparável ao custo do hidrogênio de reforma do gás natural no contexto brasileiro. Já as emissões são comparáveis ao processo que realiza a eletrólise da água alimentada com energia elétrica proveniente de fonte eólica”, afirma Julio Meneghini, diretor científico do RCGI. O etanol necessário para a produção de hidrogênio será fornecido pela Raízen, maior produtora global de etanol da cana-de-açúcar. Hoje, o deslocamento do etanol do local de produção até o destino é feito em caminhões-tanque, que têm capacidade para armazenar 45 mil litros, o equivalente a aproximadamente 7.500 kg de hidrogênio. Esse mesmo veículo conduzindo como carga hidrogênio comprimido conseguiria transportar somente 1.500 kg de hidrogênio, ou seja, 5 vezes menos. Outro ganho trazido por essa solução é a facilidade de se replicar a tecnologia globalmente, devido ao baixo custo de transporte do biocombustível. O hidrogênio produzido na estação vai abastecer os ônibus cedidos pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP). Eles vão circular exclusivamente dentro da cidade universitária. Para testar a performance do hidrogênio, a Toyota cedeu ao projeto o ‘Mirai’ – primeiro veículo a hidrogênio do mundo comercializado em larga escala, cujas baterias são carregadas a partir da reação química entre hidrogênio e oxigênio na célula combustível (Fuel Cell Eletric Vehicle). “O Brasil é um país com forte vocação para biocombustíveis. Entendemos o hidrogênio como uma fonte de energia limpa e renovável, que tem um papel importante nos esforços para reduzir as emissões de CO2. A parceria neste projeto é o primeiro passo da empresa para testar o uso dessa nova tecnologia no país. Temos interesse e disposição para trabalhar em conjunto com o governo do Estado para viabilização do transporte sustentável com uso do hidrogênio renovável a partir do etanol” destaca Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil. Informações e imagens: assessoria Toyota

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RS vendeu mais carros mas…

O Sindicato das concessionárias de veículos do Rio Grande do Sul (Sincodiv-Fenabrave RS) apresentou os números de vendas de veículos no mês de julho, quando começaram a valer os incentivos do governo federal para a compra de carros novos. No seguimento dos autos (carros), foram 8183 emplacamentos, 4,67% a mais do que os 7,8 mil emplacamentos registrados no mês anterior. Em 2023, são 45,9 mil carros emplacados, quando no mesmo período, entre janeiro e julho de 2022, foram 38,7 mil unidades. As notícias, no entanto, não são tão positivas. Entre os caminhões, foram 523 unidades, quase 12% menos do que no mês anterior. O setor de motos emplacou quase 20% menos unidades em julho, quando comparada com o mês anterior. O Sincodiv destaca que, na última década, o volume de vendas no Rio Grande do Sul registrou queda de 50%. Esse número alto é resultado de pelo menos fatores. Um deles a instabilidade econômica registrada entre 2015 e 2016, que trouxe para baixo o patamar de emplacamentos. Antes desse período, a média anual era de três milhões de veículos. Depois, passou a dois milhões de automóveis e comerciais leves. Basta um olhar mais atento na rua para perceber que a maioria dos carros em circulação são geralmente fabricados até esse período. São mais raros os carros de 2018 em diante. Depois desse fenômeno, veio a pandemia do novo coronavírus que adiou a decisão de compra dos consumidores. Por fim, no período pós- pandemia, o problema foi o aumento de taxas de juros e a inflação, fatores que afetaram intensamente o mercado automotivo a partir de 2021. Os custos de produção dos veículos cresceram muito e as taxas de juro também. Comprar um carro zero se tornou proibitivo para boa parte da classe média, que já tinha conquistado essa possibilidade anos atrás. Só o setor de ônibus, apresentou desempenho positivo com aumento de 58,8% em julho, quando comparado com o mês anterior. No entanto, o número de unidades é baixo. Foram 54 ônibus comercializados no mês passado, enquanto que no mês de junho, foram 34 veículos coletivos vendidos. Os números apresentados pelo Sindicato das concessionárias do Rio Grande do Sul mostram uma linearidade nas vendas de autos e comerciais leves desde o início do ano. O volume de vendas fica entre seis e nove mil unidades por mês. O que aponta para um cenário ainda tímido e que não deve retornar, no curto prazo, para as vendas de uma década atrás.

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Três mil Dolphin nas ruas

O Dolphin EV, 100% elétrico da BYD foi apresentado há um mês no mercado e já chegou a um recorde histórico para automóveis elétricos: foram três mil unidades vendidas no País. O histórico da performance do Dolphin EV já apareceu antes do primeiro dia de vendas. Só em seis horas após o lançamento, o carro atingiu 146 unidades vendidas. O modelo consolidou duas vendas a cada cinco minutos na rede de concessionárias BYD. Foram 1.254 unidades vendidas apenas na primeira semana após o lançamento. A entrega dos modelos está prevista para começar em agosto. Mas alguns donos já estão com o Dolphin na garagem e até contam no You Tube suas experiências com o carro. É o caso do canal Primo Auto, que tem mais de três mil inscritos e já postou uma série de vídeos sobre o modelo. Há conteúdo sobre viagens em família, seguro e até o horário agendado de carregamento. Preço atrativo O Dolphin custa R$ 149.800,00. O carro incorpora a moderna bateria Blade de 44.9kWh, que revolucionou a segurança, a durabilidade e o desempenho na indústria de veículos elétricos. Com a carga a cem por cento, o BYD Dolphin EV pode rodar, no mínimo, 294 quilômetros e, segundo dados do Inmetro, é o veículo com melhor eficiência energética disponível no Brasil, ou seja, ele é o que melhor aproveita a capacidade da bateria com 0,42MJ/km. O BYD Dolphin EV acelera de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e atinge uma velocidade máxima de 160 km/h.

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